sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Eu juro que sonho essas coisas...

Noite branca, respiração de fumaça. Eu era ele e dava ordens. A equipe media dados, movia equipamentos, discutia aos berros. Luzes mínimas refletiam no gelo que era chão.
De repente, escutamos a tropa - estavam próximos. Peso nas costas, lanternas baixas, cães ofegantes. Movíamos em silêncio, com pressa, neve até os joelhos. Umidade entrando por baixo da pele. Urgência – avisar - salvar. Muita noite ainda.
Longe depois, vimos luzes nas janelas e lá em cima, prédios de gente, movimento de vida.
Subida difícil, pressa para cima, mãos de luvas em plantas de lama que escorriam na encosta. Ex-plantas, lama de neve. Branco de morte. O esforço de mãos, pernas e patas fazia o ar quente virar nuvem de fumaça. Pressa, pressa, pressa. Nada se via. Urgência danada.
De repente – BUUUM!!!!!!!! Nuvem de fumaça. Noite vermelha, fogo nas janelas. Tarde da noite, a vida fumaça. Todos na lama, respiração na neve. Urgência de nada.

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