Talvez você me enxergue jovem, bonita, inteligente, bem de vida, bem amada, com saúde, com uma família, um lugar bacana para morar, uma cachorra linda, projetos e sonhos em andamento. Talvez eu seja um pouco assim. Mas pensar em mim como unidade é muito pouco realista: tenho o amor e os meus amados. O amor, esse complexo vínculo involuntário, me torna parte de algo maior. O amor faz os meus infiltrarem-se em mim, me torna permeável a suas dores, derrotas e perdas. A felicidade vem em gotas, é pontual, efêmera e individual. A dor escorre, infiltra e contamina. Portanto, no meu pouco tempo livre, de quando em quando, eu me reservo o direito de ser infinitamente triste. Mesmo assim, devo confessar de cara que a tristeza sem culpa ainda é sonho de consumo.
"O amor faz os meus infiltrarem-se em mim, me torna permeável a suas dores, derrotas e perdas"
ResponderExcluirÉ por isso que muitos recusam-se a amar.
QUe graça tem viver sem sentir NADA?
Você está pensando num tipo de amor, e eu estava pensando em outro...Por sinal, faltou uma crase ali, não é?
ResponderExcluir"Às suas dores" -> faltou crase mesmo.
ResponderExcluirEu pensei nos mesmo amores,ou será que não?
"os meus" seriam todos os que vc ama? amigos, familiares?
São meus mesmo, vários, all around. Por aí...
ResponderExcluirah! nao tinha entendido antes mesmo. Será que entendi agora? rs a conversa virou a abstracao da abstracao..rs
ResponderExcluirBEIJO