quinta-feira, 8 de abril de 2010

Depois te conto. (Para T)

Te encontrei outro dia naquela estrada imensa e vazia. Você me abraçou daquele jeito que não existe mais. Disse estar tão cansada - era longe, eu não acreditaria na burocracia! O medo havia fugido dos seus olhos. Depois de tanto tanto, o medo esvaziou. Mas ainda era você - a ironia, o sarcasmo, a doçura e o sorriso. Você estava linda, já faz um tempo. Depois disso, você não veio mais. Deve estar ocupada com coisas de outra dimensão.

Eu preciso te dizer: algumas piadas perderam a graça. Outras não - depois te conto.

(Reedito esse texto, que havia sido publicado no meu falecido blog, quase no mesmo formato. Faço isso porque ele foi escrito de coração para alguém cuja ausência impregna a vida com gosto residual de adoçante de gotinhas. Saudades todo dia, toda hora.)

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